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A importância da Saúde bucal na pandemia

A importância da Saúde bucal na pandemia
A pandemia da Covid-19 mudou inúmeros hábitos e cuidados que os brasileiros tinham, como a atenção com a saúde bucal.

Se antes as pessoas costumavam visitar o dentista, pelo menos duas vezes ao ano, agora isso ficou espaçado, chegando até mesmo a zero consultas desde meados de março de 2020, de acordo dados do cirurgião-dentista Joca Ururahy (foto em destaque).

“E os casos de bruxismo, dor de dente, cáries, canais sem manutenção, dentes quebrados, fraturas, entre outros, só cresceram. Ora, se deixamos de ir ao dentista por medo (não dele, no caso, mas sim da exposição), não significa que os problemas dentários desapareçam. Muito pelo contrário”, afirma.
O boom das doenças gengivais – De dois a três meses foi o tempo médio em que consultórios odontológicos ficaram fechados, logo na primeira onda da Covid-19, para entender e aplicar as normas de biossegurança da nova realidade.

Ele aponta que este cenário foi vivido ao redor do mundo, conforme levantamento da Federação Dentária Internacional (FDI). E, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os atendimentos de saúde bucal estavam entre os serviços de saúde essenciais mais impactados devido à pandemia, com 77% dos países compartilhando interrupção parcial ou total.

“O resultado? Um boom de doenças gengivais, cáries que evoluíram para problemas mais sérios, alta de bruxismo, dentes desalinhados que estavam quase corretos, e muitos outros problemas que se agravaram”, aponta o profissional.

Antes x Depois – Outro desafio enfrentado pelos profissionais: a subida nos preços dos EPIs, como máscaras e luvas. Só para ter uma ideia, em 2019 uma caixa de luva saia no valor de R$ 15, e agora o mesmo produto está na casa de R$ 110. O impacto financeiro continua sendo grande para a nossa categoria, aponta o profissional.

“E por falar em movimentação de caixa – destaca o cirurgião-dentista – , antes da pandemia a área de odontologia gerava, em média, R$ 38 bilhões por ano, de acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO). Já a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo) afirma que nove entre dez brasileiros iam ao dentista uma vez ao ano, pelo menos.”
Odontologia visa recuperação – Para Ururahy, as tendências seguem fortes em alguns aspectos: diminuição da procura por atendimento odontológico, principalmente por pessoas de baixa renda; consultas apenas com hora marcada; número reduzido de atendimentos por dia; consultórios mais enxutos; e todo um trabalho de comunicação para informar que o cuidado bucal é fundamental para todas as pessoas — lembrando que é pela boca que começa a nossa digestão.

“Ao mesmo tempo – afirma – estamos vendo um avanço considerável nos cuidados com biossegurança, e ainda um cenário positivo para novas oportunidades ligadas a atendimentos mais personalizados e focados na resolução dos problemas de saúde com muito mais rapidez e assertividade.”

A movimentação com planos odontológicos também começou a ganhar força, diz o profissional. De acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares no Brasil cresceu 0,5% até outubro de 2020. Isso representa um aumento de 255 mil vínculos em comparação com o mesmo período de 2019.

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